4 de agosto de 2010

BETA, por Caio F.

Estive doente

doente dos olhos, doente da boca, dos nervos até.
Dos olhos que viram mulheres formosas
da boca que disse poemas em brasa
dos nervos manchados de fumo e café.

Estive doente
estou em repouso, não posso escrever.
Eu quero um punhado de estrelas maduras
eu quero a doçura do verbo viver.


De um louco anônimo - transcrito por Caco Barcelos na reportagem "Crime e loucura", publicada na extinta Folha da manhã.
Porto Alegre,Rio Grande do Sul.