e o sábado é quente , e o céu é azul e as nuvens a brincar de esconde-esconde .
e lá vem a chuva de verão, e aquele cheiro de terra molada , e o vapor que vem do asfalto .
e o céu fica cinza e eu sinto falta daquele ponto de paz .
e eu sinto falta daqueles passarinhos cantando, daquele calor , daquela cidade .
e o céu fica cinza e eu sinto falta daquele ponto de paz .
e eu sinto falta daqueles passarinhos cantando, daquele calor , daquela cidade .
e eu sinto saudade da minha vida .
essa vida não é minha , esse corpo não é meu .
me devolvam as magoas , as lágrimas, as divagações .
essa vida não é minha , esse corpo não é meu .
me devolvam as magoas , as lágrimas, as divagações .
eu não quero esse copo .
e o copo esta cheio , a cerveja esta gelada.
e luzes ofuscam os olhos , e a blusa aperta o meu pulso .
e luzes ofuscam os olhos , e a blusa aperta o meu pulso .
e eu surto, eu mudo , eu grito , eu .
já nem sei quem sou .
afirmo-me na certeza do ser .
desconfio da pseudo-existencia .
afirmo-me na certeza do ser .
desconfio da pseudo-existencia .
eu quero a morte, eu quero a solidão , eu quero uma jarra e um porta de vidro .
eu quero uma praia , eu quero .
eu quero uma praia , eu quero .
afirmo-me , afirmo-te , nego-te .
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