23 de julho de 2011

mesmo que mude.

e eu choro.
e eu só escuto as musicas que me lembram você.

e eu me torturo.
sodomização.

e eu gosto, gosto de cada lágrima, cada parte que me dói.
e eu insisto.
e eu sangro.

eu sofro como Ele sofreu.
e eu olho pro meu umbigo, e eu minto. sorrio.


e eu corro, viro a esquina, pulo janelas e cercas.
e eu subo em árvores, corro pelos campos, me jogo na grama.

eu eu vou a festas, tento parar.
mas já é muito tarde.

e eu me perco na minha própria escuridão.
e eu seleciono cautelosamente a set-list , e eu me molho com as minhas melhores lágrimas, me limpo das minha mais sujas cagadas.
e eu canto as mais belas palavras de caixo calão.

e eu peco, me confesso aos beijos.
e no confessionário eu peco. o padre me pedindo pra ficar. pra pecar.

e eu crio , quase sem medo daqueles que me lerão , me julgarão.

e eu paro a musica, prendo a respiração.
e por um milésimo de segundo, é quase bom viver.
eu quase paro de respirar, e é bom. e eu gosto.


e eu sinto, e eu bebo cerveja de canudinho.
e eu mascaro., e eu masco as dores, despojo-me das vestes, da hipocrisia , eu incomodo.


e eu canto clichês.
e eu termino a frase do ouvinte.
e eu fantasio nua, eu rodo nua,
vestida apenas com a verdade e lágrimas e eu incomodo. e eu gosto.
e é bom viver.


e eu  canto refrões antigos. e eu espero você ir embora pra chorar, e eu sinto, e eu grito, bebo, grito, choro antes que se vá.


eu eu canto musicas praianas, e eu surfo na lama.
e eu conto meus segredos mais secretos para o bar inteiro.

conto meus segredos, a todos.
não quero lembrar que compartilhei-os com você, não quero lembrar de estrelas coloridas, não quero lembrar de dias quentes.

não quero lembrar de dias quente, de mãos dadas, de beijos apaixonados, de promessas não cumpridas.

e sempre muda e sempre acaba.

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