Querido diário ,
contrariando tudo que aprendi , ignorando todos os conselhos dos amigos mais sabidos e ignorando também a razão .
eu me deixei levar , e agora não consigo sequer pensar racionalmente . querendo que os dias retrocedam e me tragam o riso solto .
eu quero acordar te ouvindo dizer besteirinhas gostosas, e me irritando com suas teorias precipitadas e seu senso de humor repugnante .
eu quero me cansar de você , e te pedir pra não brincar com os meus sentimentos, pra depois esquecer os pedidos e só curtir horas gostosas sem preocupação .
e sem ter de esperar nada .
sem ter de te oferecer nada .
amanhã é quarta-feira e eu vou esperar encontrar respostas em livros e não vou desperdiçar meu tempo com as lágrimas , só queria que você não se chateasse e me perdoasse por toda minha incompreensão , por toda falta de atenção e habilidade para lidar com os seus sentimentos .
eu já sabia que misturar água com terra , dá em barro . aquele barro lodoso que gruda e não saí mais .
Mas até dizem que há banhos de argila e lamas milagrosas não é ? rs
querido diário , mais uma vez estou expondo em público minhas loucuras juvenis .
me perdoe a inabilidade com as palavras , com os sentimentos , com o amor .
Louco diário , querido .
25 de setembro de 2012
24 de setembro de 2012
notas de rodapé
não sei fazer poesia , e meus poemas são sempre natimortos .
nascem pra não serem lidos .
eu penso descompassadamente e as palavras juntas lidas em voz alta, na maior parte das vezes só faz sentido pra mim .
e são nas notas de rodapé que me comprazo , e eu sei , sei que é quase um pecado , ignorar a arte poética da vida e das cores, mas eu gosto é do estrago , da vida em preto em branco , e gosto de não pensar que tudo em todo lugar está conectado com as amarras matemáticas já provadas.
eu gosto da incerteza, eu gosto do que ainda não foi definido . eu gosto da reatividade .
eu começo a pensar e já me satisfaço com esboços de racionalidade , fico feliz em tentar .
tentar , e não parar .
não quero o final , nem quero começar nada , eu quero brincar de fazer sentido .
nascem pra não serem lidos .
eu penso descompassadamente e as palavras juntas lidas em voz alta, na maior parte das vezes só faz sentido pra mim .
e são nas notas de rodapé que me comprazo , e eu sei , sei que é quase um pecado , ignorar a arte poética da vida e das cores, mas eu gosto é do estrago , da vida em preto em branco , e gosto de não pensar que tudo em todo lugar está conectado com as amarras matemáticas já provadas.
eu gosto da incerteza, eu gosto do que ainda não foi definido . eu gosto da reatividade .
eu começo a pensar e já me satisfaço com esboços de racionalidade , fico feliz em tentar .
tentar , e não parar .
não quero o final , nem quero começar nada , eu quero brincar de fazer sentido .
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