25 de junho de 2010

A Vida , O Universo e Tudo Mais

Eu quero algo que ainda não nomeei.
Eu quero o cosmos, o desconhecido.
Todas as experiências foram válidas para um maior dimensão do estado letal de nostalgia em que me encontro.
Viver de experiências passadas me fizeram desejar o desconhecido.
Coragem para viver o que não se conhece, vontade de sentir o novo.
De correr entre as pedras, de nadar entre as montanhas, de falar com os peixes nas alturas.
De amar inimigos, ignorar conhecidos, e enfim desconhecer o jeito de sentir algo seja por alguém ou por algo.
Viver desprovida de sentimentos de ligação, elos com outrém.
Viver de si, para si.
Conhecer o gosto amargo da alegria e instantes degustar a solidão como um troféu merecidamente conquistado.


Como uma mochileira,uma viajante pela vida.
Sem sentimentos.
sem impedimentos.
Análise científica da vida. do tempo.


O que eu quero é MUCRA.
O que eu quero é mais que liberdade.
O que eu quero é uma festa punk.
Eu quero o cosmos.
O que eu quero?

Busco pelo desconhecido.



Se fosse uma emoção, era desprovida de qualquer emotividade.Era ódio, um ódio implacável.Era fria, não como o gelo, mas como uma parede.Era impessoal, mas como uma multa de estacionamento emitida por computador é impessoal. E era mortífera - novamente, não como uma bala ou uma faca, mas como uma parede de tijolos colocada no meio de uma auto- estrada.


[...]
até tornar-se um grito insuportável, ainda que inaudível,e,subitamente,um grito de culpa e fracasso.

[Douglas Adams]

Individual como um passaporte.
Tão pessoal como uma frase de Lispector.
Tão inaudível como com grito de gol.
Tão repetitivamente melancólica como as tentativas de rotulação.


Dizem ser essa Tairine Albuquerque




29 de maio de 2010

Plantei um sonho bom no Jardim .

Eu plantei um sonho bom no jardim.

quase não sonho, pois sonhei me lembrei e resolvi por precaução plantar tal sonho bom no jardim,
o que por fim não foi boa idéia.
Na ânsia de que o sonho florescesse, reguei a semente com água , muita água.
Na ânsia de que a semente crescesse e amadurecesse joguei sal para anima-la.
Acabei então por mata-la.

Ainda não consegui entender se matei-a ou se a mesma suicidou-se.
Sonhos não se sonham como mercadorias livres.
Sonhos livram-se , livram-me

A chuva caiu, o sonho morreu.
Morreu afogado na água salgada do mar.

Lágrimas salgadas adoçam a boca.
E eu agradeço por não me meter em encrenca.

Mais claro , impossível.
Eu juro que era um sonho bom.
E agora dói.
Dói mais , bem mais do que o próprio sonhar em si.

Plantei um sonho bom, que se afogou.

18 de maio de 2010

Amor de Plástico

Eu já contei os segundos pra encontrar alguém.
Eu já encontrei alguém e em segundos quis partir.
Eu por diversas vezes já parti com o coração na mão,
o coração pesa, ahh você sabe não é? . Não sabe? O coração pesa. Fique sabendo.
Da última vez que parti com o coração na mão, joguei os dados
ímpar lança-lo ao mar , par comê-lo com chocolate e passas.

Comi meu coração com passas e calda de chocolate,
pra disfarçar o gosto ruim das lembranças , perdas, e sorrisos perdidos
Pelas entranhas escorre aquele leite branco sem fonte de origem
E de repente percebe que o que te falta é o outro.

Já contei os segundos pra encontrar alguém
Alguém já contou os segundos pra me deixar
Já me deixaram com vontade de me perder em mares de cerveja e amores
Já me perdi sem lembrar o caminho de casa
Me levaram pra casa, pra uma casa que não é minha.

Não quero a terrível limitação de viver como Clarice's ou Caio's.
Quero a minha própria desgraça. ASSIM MESMO.
Quero criar um novo sentido de criação.

Quero querer-te sem medo, sem receio.
Quero perdoar meus próprios pecados.

Quero pecar sem vergonha, com a esperança de um abraço no final.
De um carinho final.


Já escrevi bobagens pra você.
Já ouvi bobagens de você.
Em pensamento já te amei, e te beijei.

Já vou guardar tudo de novo, pois o coração pesa no estomago e vai misturando-se com o leite branco que corre nas veias. Sem a presença real de um sinal vital.
só resquícios de um amor de plástico.



Ressalvas:
[Ele é um boneco de plástico.
Ele ama, ele chora, ele sorri, eu sei que sim.
Ele se esconde.
Ele já perdeu um grande amor, disso eu sei
Ele sonha com animais de duas patas quase todas as noites,
e tenta se livrar das lembranças de uma vida feliz em meus braços, nos braços frágeis de quem lhé acolher
Ele jamais será capaz de amar novamente, ele já ama
Ele ama alguém.
Alguém de duas patas, de grande nariz e coração.
Ele faz tudo certinho, como um ciber

Ele acredita que pode se livrar do carma de anos atrás , com orgias e devassidão.
Ele confindiu liberdade com libertinagem
Ele me fez acreditar que há música em tudo.

Ele é um boneco de plástico.
Vive sem saber, em função do corpo nú da constelação de 200.666 estrelas.
Da Constelação.

Ele tornou minha vida melhor.
Por ele eu já chorei, já menti, já neguei, já permiti.
É por ele que eu vou dormir, queimar sonhos, e vomitar pedaços de coração e passas.

Ele é o boneco de plástico que viveu com três corações.


FIM. [por hora] LITERALMENTE

10 de maio de 2010

Qual é a parte mais feia do seu corpo?

"Qual é a parte mais feia do seu corpo?

Alguns dizem que é seu nariz
Outros que é o dedão do pé
Mas eu acho que é sua mente!

Todos os seus filhos são pobres infelizes, vítimas de sistemas além de seu controle
Uma praga sobre sua ignorância e o desprezo cinza de sua vida feia."

Todos os seus filhos são pobres infelizes, vítimas das mentiras em que você acredita
Uma praga sobre sua ignorância, que mantém os jovens longe da verdade que eles merecem."

FRANK ZAPPA


20 de abril de 2010

Aquela Coisa irracional By Tatá e Moser. Haá

O nome foi perdido, assim como a liberdade estagnada, criaram-se então as histórias mágicas, apenas melodramas nacionais só para loucos. E eis que Deus agita as águas e vindo direto do Jardim Zoológico surge o furacão. tem como seu trampolim da vitória o volume no cérebro que como na sociedade das sombras torna-se estátua pública (cemitério de sensações). E seus colares vazios, mausoléis de mármore, permitem o equilibrio íntimo, a redenção pelo pecado. É a pior tentação e é a Revolução! Inúmeros diálogos possiveis, que é o terror cultural, o de tentar "me humanizar", o que torna do Monstro sagrado uma história dos instantes que fogem. Expurgada, pornografica, bruxa. A coisa em si. a partir daqui apenas o silêncio lispectoriano.

1 de abril de 2010

Amém, mas eu protesto.

Eu poderia dizer muitas coisas, nada do que eu disser vai revelar o que se passa aqui dentro.
tô sem saco pra escrever , pra falar, pra pensar, pra sentir.
já disse isso aqui.
a última coisa que eu quero é me LEMBRAR que eu TENHO um coração.
ele estava muito bem , lá guardadinho, esquecido, dai tinha que vir alguém pra tirar o pó né?
sem problemas, nada que banho gelado nao resolva.

eu sei exatamente o que tenho que fazer.
eu sei exatamente o que eu quero, e principalmente o que eu não quero.

e eu não quero me mostrar por inteira, só quando realmente for necessário.
e o é .

tenho conhecido pessoas ótimas, a faculdade tem me feito bem . e eu sou EGOÍSTA.
não tenho problemas de falar sobre mim, aliais, não tenho problemas com o falar né? tenho dito coisas que poderiam ser mais valiosas se não fossem ditas.

não me arrependo de ser quem eu sou. não me arrependo das coisas que fiz. eu amo as experiências que a vida me ofertou, agarrei poucas, perdi várias, e aproveitei nenhuma. Mas não importa, não importa pois ainda há muito o que se fazer.

chega de falar, nada vai explicar. e eu também não pretendo dar explicações.
só serei coerente com a minha verdade, doa quem doer.

amém, mas eu protesto.
(é o resumo de mais tarde).

30 de março de 2010

E o anjo pálido troca o mel pelo sal.

Foi o que o anjo pálido fez. Trocou o (a) mel pelo sal. E a diferença elementar foi tamanha , que nada poderia descrever quão desconfortável era o gosto do sal.

O gosto doce, o cheiro suave, a rosa. difere em sua plenitude da estranheza que o sal causa a boca, a aspereza, a rigidez, a 'imbeleza'. neologismos criam-se sozinhos. e a lua fala por si.

Emoldurado por linhas descontínuas, o sorriso, o doce, seu mel. a dona da docilidade das rosas, perde o anjo pálido. quase pode toca-lo. ao vê-lo partir diz até logo, pois sabe que ele em algum momento voltará.

E o anjo pálido vai-se. desbrava com bravura, a ingenuidade milimetrica do sal. sente prazeres difusos no toque, arranca beijos e profana o branco sal, despi com ardor e dor. o sal.

E o anjo pálido arrepende-se, e quer logo voltar a viver na docilidade calmaria que o jardim de sua rosa mel lhe oferta.
e todo o desejo esvai-se com a certeza de que ali é o seu lugar.sorri pendendo a respiração. volta ao mel.

Nada de novo. Sem surpresas.

O anjo pálido saiu com o gosto d'água do mar na boca, feliz por sobreviver a tempestade em alto mar. louco pra banhar-se na águas dos rios de água doce, doce assim como o gosto do mel. o doce , a rosa, a mel do anjo pálido.



. escrevi essa pataquascada ontem a noite. eu estava triste . isso poderia ser um sinal. um sinal de que o ciclo vicioso é um ciclo vicioso, que não me permite fugir, negar, ou trocar.

o anjo pálido existiu.
há tempos, mas existiu.
e eu dou um doce pra quem adivinhar quem era a Tatá na história. (!)

eu não sou uma boneca, com a compostura quebrada, humilhada por não ser uma flor.
por não ser o doce que muitas vezes outros esperam.

eu sou assim, como o ... me negaram o direito de alienação. me deram um nome e me alienaram de mim, agora eu sou esta a quem chama gentilmente de você. de eu. de mim.

Quem trocaria o Mel pelo Sal?