3 de outubro de 2010

Domingo Cinza.

O cinza do céu , essa manhã, reflete mais que o espelho. Posso desenhar nuvens com os dedos, posso andar pelas nuvens desenhadas ao som leve de uma bela canção, eu posso gritar bem alto que o que eu quero é falar baixo, quero te contar ao pé do ouvido que vamos dançar até a noite acabar.

quero respirar bem fundo e sentir o cheiro de chuva, quero sentir no rosto o vento quente emanando do asfalto.
quero compor uma música em espanhol, a bailar con usted por última vez al ritmo de una canción que shorty hace acelerar el latido del corazón.

o cinza do céu , a tarde reflete anos de solidão, risadas altas, e memórias esquecidas em caixa e gavetas.
A tarde cinza que traz a vontade de viver uma vida não vivida, de voltar ao passado que nunca passou, a amar quem nunca amei, a viver o que não vivi, e repetir blasfêmias e calúnias, bem alto para que a prisão logo venha.

a dor dos pensamentos que não passam, a consciência dialética de Hegel a perfeição de MARX , o sofrimento de DEUS , a dor da vitória, a introspecção da solidão, a alegria que é encontrada nas lágrimas e o espelho refletindo o cinza do céu.

Yo quiero una canción que me va a mostrar lo que, te toco me toque, me hacen llorar, como lloré, se llevan mis lágrimas, me limpio la cara, me sale del corazón para ennoblecer el alma, que me hace ver la vida al igual que el cielo gris de domingo por la tarde, me animo a contestar el teléfono, abrir la puerta

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