30 de maio de 2009

Caio Fernando Abreu



Caio fernando Abreu.
Por ele e sobre ele poderia escrever muito, pouco ,TUDO.Meu amor e admiração por ele é infinito.
Poderia escrever sobre ele, sobre sua obra , mas não acho que Caio F. possa ser descrito ou aprensentado sem que se saiba sobre sua obra, sobre ele mesmo.
Aqui vai alguns dos motivos da minha admiração, do meu amor, da minha simpátia, da minha saudade irracional, inexistente.
Esse é um poema da Bruna Lombardi, atriz , escritora e personalidade muito viva , presente e admirada por Caio F., eu simplesmente não sou capaz descrever o quão privilegiada sou por ter a literatura, a personalidade, a marca de caio em mim e em minha vida, quem lê Caio começa a ver um mundo diferente, quem lê Caio F. , sabe que no fim "ficaremos ótimos e incomodaremos bastante! ;)

Caio fernando Abreu, o nobre vagabundo que enaltece os bohemios.O que dança, o que chora, o que encanta.O que traduz sentimentos intraduzíveis, o que devora a alma humana, o que se perde no plano, mergulha no amor.O que com medo, sem medo foi herói.O grande que sempre aproveitou as alegrias miúdas os amores raros, as dores pronfundas.

Caio Fernando Abreu.
O que não se pode dizer, pode apenas tentar, viajar , delirar.Quase caio tentando achar achar uma resposta.

BRUNA LOMBARDI DEDICA POEMA A CAIO.

PARA ANA C. E CAIO E TODOS NÓS

Era preciso fazer alguma coisa
pesquisar todas as malhas dos signos
os mapas, os índicos até achar
era preciso estudar
atentamente os orixás
a possibilidade de viajar
tentar o mar
era preciso
escutar Keith Jarret suavemente
sem se afogar
um som, um meio tom, um quadro na parede
luz de neon, e abrir um verde escandaloso na parede
paisagem que não se v~e.
Por que você?
por que não qualquer um de n´so que já tentamos tudo
que nos drogamos profundamente conscientes
perdidos no urbano da cidade
os olhos úmidos, a sensibilidade
de um nervo exposto,nos sentimos
metade depois.

Quem sabe os astros, as ondas de energia, as coincidências
os vôos interplanetários, uma idéia de resistência
uma coisa meio Blade Runner em volta
a gente de saco cheio de John Travolta
tentando achar a porta de saída
Nos vestimos de barnco, tentamos escapar
com alternativas, chás naturais, respostas no I Ching
dança, poesia, artes marciais
andróides, liberdade, ecologia
músculos, danger, punk, micros, Nova York
toda ideologia é sempre tão contraditória
talvez a salvação viesse em naves espaciais
atari, eletrochoque ou a própria loucura
talvez saber chorar ajude muito.

Era preciso rever o lugar da emoção
o sexo, essa coisa delirante
escrever um relatório hite do avesso
que falasse de telefonemas noturnos, insônia
Metal pesado

Você devia ter se segurado em alguma coisa
uma moda, um discuso, uma idéia de si mesma
- uma paixão que fosse -
qualquer coisa
um mito, um guru, uma política
uma revolução, uma mentira
sei lá, alguma coisa pra se agarrar
talvez uma amiga como ela
um patamar
alguma coisa
antes de cair devagar
pela janela.

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