10 de janeiro de 2011

Sem ponto final

Eu odeio a cor do seu olho.
Eu me odeio por essa ser a minha nova cor favorita.

Eu odeio aquele diretor famoso, aquele famoso
musical, com aquela famosa atriz.
Eu odeio ter esse musical dentre meus novos filmes favoritos.

Eu odeio a sua roupa xadrez.
Eu odeio suas blusas de frio de listras.

Eu odeio que dizer que minhas camisas xadrez são minhas novas roupas favoritas.

Eu odeio como o tom da sua voz muda quando você fala sobre dias passados.
E odeio gostar tanto de te ouvir falar sobre como você era feliz em tais tempos passados.

Odeio esses solos intermináveis de guittar/bass que me lembram tanto seu jeito meigo e decidido de defender duas idéias, suas opiniões.

Odeio dançar.
Mas gosto de lembrar que não tivemos tempo para isso.
Essa seria mais uma lembrança boa, que me perseguiria.
Como todas as outras que me perseguem.

Eu penso que quando chegar aos 30 anos, ainda estarei tentando recomeçar.
Recomeçar a acreditar, acreditar nos outros.
Acreditar em mim.

Acreditar que o mundo dos sentimentos pode ser menos patético do que agora me parece.

Entre as imagens repetidas , filmes em preto e branco, tardes de sol num parque, fim de tarde no cinema, noites intermináveis ao seu lado, me sentindo a mulher mais feliz do universo.

Uma estação de trem, uma tarde /de autografo. Um dia quente, um domingo cinza, uma música triste, um poema em espanhol.

Como te perdoar. como pedir perdão a mim mesma por esta auto-destruição?
Como não questionar, como não te amar, como apagar?

Tudo é tão repetitivo, tão clichê. tudo tão banal.

Uma voz rouca, a fome pela manhã.
Sua mão gelada na minha coxa.
Minha cabeça no seu peito.

A lágrima que desce,
uma frase interminável/interminada

Como uma música
como uma história

como você pra mim
sem ponto final

18 de dezembro de 2010

Querer te ver feliz. Querer te Expulsar. PARTE DE MIM.

ela acha que se mudar de banda/cor/musica favorita,vai te conquistar. ela acha que rir das suas piadas obscenas vai adiantar. ela vai mudar.

ela vai se parecer tanto com você, ela te fará deixar de olhar-se no espelho. ela será você, você será ela. ESTA SENDO/ SERÁ BOM?

você vai percebendo que o te falta ninguém nunca vai te dar. PORQUE O QUE TE FALTA, SÓ VOCÊ PODE REPOR.

porque o que te falta é coragem. e não me venha com esse papinho de que nunca se acovarda. você se acovarda sim.(como diria um amigo meu)

o que te falta é fé. fé no outro. fé em você mesmo. ME DIGA, você acredita em suas próprias palavras?



o quão rápido você pode correr.
até quando se esconder?

ainda penso em você, da maneira mais simples e pura que se pode pensar noutro alguém.
da maneira mais nobre e singela que posso neste momento conceber.

sem querer explicar, nem ouvir explicações.
eu já não quero você.
mas quero-te bem, mas quero-te perto, mas quero-te mais perto.

eu escrevo sem olhar as palavras que essas letras que pesam sob meus dedos formam.
eu escrevo sem o medo que que as leias, como antes tinha.
sem o medo de perder-me numa esquina qualquer.
meus braços pro alto, acenam pro seu belo sorriso, pro seu doce olhar.
essa não é a realidade , mas mesmo assim as palavras insistem em sair.
dou vazão. dou amor. dou.
doou.
não recebo, não peço, não grito, não choro, te recebo, te alimento, te perdoo, te peço não ouvir meu pedido.

ouço uma música que me leva pra longe de você, das ruas, das cidades , das gentes más.
das gentes, da gente, más. mas não tão longe que não possa estar novamente na mesma sala de cinema, na mesma noite sem lua, no mesmo trem lotado, na mesma manhã de sol, no mesmo quarto escuro. novamente num beco sem saída, novamente do lado negro da força, negro da força.

poderia dedicar-te o melhor poema da América, poderia dedicar-te a música mais triste, a palavra mais bonita, o olhar mais sincero, mas o excesso de poesia me inibe, desencanta.



EU NÃO ACREDITO NO AMOR. EU NÃO ACREDITO EM VOCÊ, POR UMA ÚNICA RAZÃO: você não acredita em si mesmo. nem poderia. nem poderá.

LINDO, dia cinza de um sábado pela tarde. pela metade.

by: POR MIM INTEIRA.

10 de dezembro de 2010

PERDÃO, por ora.

entre os carros, o asfalto quente e a mutidão de gentes.
entre o orgulho, o resquício da morte, e a sensação de perda.
entre as lágrimas, o fogo e a carne.

entre conselhos inacessíveis e imagens que se repetem dissonantes do real.
entre os olhares de reprovação e a falsa sensação de bem estar,

eu me ajoelho e humildemente Lhe peço perdão.
perdão por me perder de Ti,
por Te ouvir tão pouco,
por Te afastar de mim.

PERDÃO, não vai ser o bastante,
não vai apagar, aquelas cenas, aqueles toques, aquela vida.
COMPADEÇA-SE de mim, eu imploro

Posso sentir Teu amor , aonde quer que eu vá.
Tú sabe que O seguirei, a vida Lhe darei, pois amo-Te e sei que Tu me amas.

Sei que não estou só, mesmo que assim pareça , pois ao meu lado sempre Estais , e me ajudarás, não estarei só.


24 de novembro de 2010

Devaneios de Uma Noite sem Estrelas

quero que gostem de mim , desse jeito que estou: de bermuda jeans, keds velho, camisa xadrez e bolsa de lado.

desse jeito simples, sem mais pretensões ou ilusões, desse jeito modesto, porém honesto.
desse jeito verdadeiro, e bonito, que ainda me faz sonhar.

Eu quero uma estrela, eu quero uma estrela pra vida inteira.
E eu vou esperar.

Porque amar é esperar, amar é cuidar, é estar.
O amor é um estado. e eu estou. sozinha. e é bom, amar por amar, amar não pra ser amada.
amar para estar.
e estar para amar.

29 de outubro de 2010

vivendo, ali, qualquer, coisa, que não me, faça perder, a VÍRGULA

vomitar, gotejar, excretar.

vozes me enojam, a luz me irrita, as pessoas me chateiam.

É óbvio que estou de mau-humor.
Poderia citar bons e maus motivos para assim manter-me , mas não vou.
poderia chorar minhas mágoas, que convenhamos não são poucas, mas não vou.
não agora, não em público, não com a luz acesa.

quando a porta se fechar, a luz apagar, e o último telespectador se for, ai sim, o fim será o começo.

Eu e minha frases destoantes, sem sentido, e amorfas.
35 Tweets na minha TimeLine no último minuto.
Interajo pouco. reajo menos ainda.

minha cabeça dói, veia pulsante. Risadas alheias estridem em meus ouvidos.
se invento neologismos não é a mando da alma literata que talvez haja em mim , é pelo desejo de errar e acertar ao mesmo tempo, é pelo desejo de reagir, de agir, de gritar, de levantar.

o ano é indeterminado pela minha atual memória, é tarde de um sábado qualquer, como bolo de chocolate com Danoninho como recheio, e ouço DEAD FISH, na já extinta MTV.
EXTINTA, sim.

as coisas eram diferentes, e eu gostava de como eram.


a noite é quente, Av. Paulista, aproximadamente 21h.
o estômago dói, reclama qualquer coisa que o invada, o coração dispara, não metaforicamente.
a coisa por aqui sempre foi literária, literal.
a noite parece longa, e na verdade, é.

Estação consolação de metrô, os mais modernos e incriveis garotos estão por ali, depois de uma tumultuada festa num Campus de uma Cidade Universitária por ai.
As vozes me engasgam, posso sentir o gosto da saliva alheia, sem mesmo desgrudar minha boca do canudo no copo de refrigerante.

Me sinto ligeiramente embriagada, e a nuvem de nicotina que me encobre, afasta a ânsia, o vomito que guardo, quase que pacientemente. Como se fosse possivel.

Um voz se sobresai entre as outras, penso momentaneamente, sem sentido aparente em GRAVIDEZ, FRIGIDEZ, NITIDEZ, XADREZ.

a música tem cheiro de areia na noite numa praia, noite fria de verão. a lua iluminando sentimentos obscuros. volto a música, como se pudesse voltar noites atrás.

DE ALGO QUE NÃO DEVERIA PROVAR.

23:59h um degrau qualquer, de um banco qualquer, numa grande avenida qualquer, de uma grande cidade, de um país qualquer.
uma qualquer sentada, sozinha, como o fone no ouvido, cantando alto, no meio da multidão sentindo-se sozinha, as lágrimas brotam e são secadas tão rápido quanto possivel.

GUERRA DOS CANUDOS, sempre uma dubiedade, unilateral.
91.
a vida em preto e branco, borrada com tinta vermelha.
riscos num cd velho, me lembram de dores facilmente esquecidas, as palavras brotam , e se encolhem , as palavras que não saem , que não se aplicam a nada.
busco inspiração no lugar errado.
Meus olhos não lacrimejam mais, é o tal do RESSECAMENTO OCULAR. tomo água afim de que meu corpo responda com a dissoluição, e liberação de fluidos liquidos.

VERGONHA.TIMIDEZ. ÁGUA.NEGO.REJEIÇÃO.GEMIDOS.CALÇAS E BLUSAS. MISTÉRIOS. SAÍDA. QUARTOS.NOITES.SOL.MANHÃ.CARNAVAL.AVAL.CARNAL.

a vontade de dormir, de fechar os olhos é consoladora, acalma a alma, só não acalma o estomago, que insiste em dar sinal de existencia, e gritar bem alto, que analgésicos em pouca quantidade é besteira.


cachos, e cachos, uvas , e verdes, me inundam, a mãe IEMANJÁ, agradece a prece.
a água do mar batendo nos pés , a água fria, e a fé, de que um dia tudo vai mudar. a hipocrisia, de deixar tudo como está, o canto dos deuses, que são mais meus do que seus, negô.
eu que sei donde vim, pra quem vim. só não se pronde vou.

eu que como chicletes compulsivamente e cuidadosamente os enrolo em papéis, depositado no bolso, da bolsa que carrego.
assim como carrego emoções e frustações desnecessárias, aflitas por perde-las, por deixa-las por não lembrar das.
das escolhas que fiz, das noites que não dormi, do sol ao entardecer, da escuridão,e do vento gelado num bar qualquer de uma Augusta qualquer, num Santa qualquer, numa mesa repleta de livros quaisquer , que são minha companhia.


o som do piano, diz que é hora de ir embora, embora com : Stephen King, Emile Brontë, Edgar Allan Poe, Mansfield, C. Lispector, e Caio F.

Christiane F., me espera pruma noite, nos inferninhos e pontes de uma Grande e Cinza cidade de Um País Verde e Amarelo.
a vodka, aveludando a voz rouca, que são dão diz palavras pensadas, sensatas, a cabeça a milhão, o corpo mole, solto, o céu desse azul tão escuro, esse vento gelado amaciando o rosto, a sensação de total poder, o cabelo molhado pelo suor, que enfim chega, o calor aumentando, aumentando a música, os toques, as vozes, aumento a vida, aumento o som, aumento a possibilidade.
a hora é essa, meu corpo enfim responde aos estímulos.
essa é a hora em que o medo esvai-se , a lucidez se vai. a vida chega.

vou ali viver, qualquer coisa, que me faça, não PERDER A VÍRGULA
adquirindo SEXPIRIENCE. ou não.





25 de outubro de 2010

Twittes que a chuva trouxe.

hoje , decidi, que JAMAIS, vou me apaixonar por ninguém , não quero que parte nenhuma de mim , se vá ,com qualquer um. e tenho dito.

não quero mais ninguém , não quero NINGUÉM, não quero. AHHH,e nem é mais medo. é RAIVA, raiva desses sentimentos mesquinhos que chamam amor.

TUDO falso, TUDO mentira. cada vez que eu olho pro lado, vejo a HIPOCRISIA, e tenho NOJO.

prefiro ser medrosa, covarde, infantil, ou seja lá que queira me chamar. prefiro ficar no meu quarto, na minha cama, e acordar sozinha.

acordar sozinha, dormir sozinha, e ser feliz com meus livros e meus discos. passar a manhã falando com um amigo querido no Msn

passar a tarde vendo filmes água com açúcar, e numa noite chuvosa encontrar uma AMIGA AMADA, e vê-la desabafar depois de 4 anos.

prefiro, sonhar com homens improváveis [GAYS] - como Caio F. , Cazuza, e Thiago Pethit. e dançar ao embalo da voz rouca de Maysa

chorar ouvindo Ida Maria, e escrever besteiras que ninguém lê. ter um blog cheio de açúcar e comer muito SAL.

quero ser uma gordinha BONITA, FELIZ, SOZINHA,E MUITO BEM AMADA, POR MIM MESMA. BOA NOITE.

QUERO MORRER NUMA BATUCADA DE BAMBA , NA CADÊNCIA BONITA DO SAMBA. boa noite.

10 de outubro de 2010

E O ANJO PÁLIDO TROCA O MEL PELO SAL II

Eu já usei lápis colorido nos olhos.
eu já joguei baralho na praça com os góticos, rokeiros e punk´s.
eu já ouvi Boys Dont Cry pela manhã enquanto fugia das aulas de física e matemática.
eu já joguei Handball e me achei a rainha dos esportes.

eu já chorei ouvindo Fresno e ri sozinha na rua cantando Gruvi Quantico.
eu já fugi de casa num domingo de tarde pra ver o Matanza com os meus garotinho favoritos.
eu já disse que amava sem amar, e já amei sem nunca dizer.

eu já odiei meus olhos de ressaca, e já acordei de ressaca. MORAL.
eu já sonhei com estranhos e beijei desconhecidos, eu já chorei risos agudos, e cantei canções em preto e branco.
Eu já fui mais PROLIXA do que agora.
eu já fui mais CLARA , do que hoje.
eu já fui mais fiel , mais apaixonada, mais honesta, mais amável, mais inocente.

eu já quis navegar por mares nunca antes navegados, já quis beber água do mar, e tomar banho com água mineral.

eu já quis ser uma borboleta, e sonhei em ser uma estrela do mar.
Já li Paulo Leminski , A LUA VAI AO CINEMA e chorei. ele era gaúcho. curitibano, e praticava artes marciais. não muda nada. eu ainda iria chorar mesmo sem tais detalhes.

eu já desenhei os monstros com que sonhei e já sonhei com anjos que desenhei. eu nunca aprendi como desenhar um sol.
eu não sei desenhar um SOL.

eu nem gosto do sol, talvez seja essa uma das razões.
eu já me senti uma TV DE LED, isso faz sentido?

eu tenho uma pinta na nuca, igual a da minha irmã caçula - que possui a mesma pinta , no queixo - assim como temos um minúscula pintinha na mão esquerda.

eu já abri o guarda chuva no meu quarto pra me proteger da sordidez que provinha da Tv.

eu já quis ser punk/rocker/nerd/clubber/emo/indi/ SOCIAVEL.
eu já quis pertencer algum grupo.
eu já agradeci de joelhos por nunca ter participado de nenhum.
eu já chorei , porque isso também doeu.

eu já quis, e talvez ainda queira sorrir como ela sorri, quis não inveja-la, não admira-la. não odia-la.
eu já quis que o tempo voltasse, o vento soprasse e a chuva molhasse.eu já quis ser um doce .

Mas continuo sendo o ANJO DE SAL.

o anjo moreno, trancou-se em casa com seus livros e discos, a cor perdeu, o amor perdeu, a vida perdeu.
ele anda pelas ruas , enganando , mentindo, amando. ENGANANDO, enganado.
ele acredita que as coisas podem mudar, que ele pode deixar de amar.

minhas irmãs jogam WAR na cozinha, num domingo frio, em que eu vejo fotos da constelação 2000.666 .
ela como a lua, como uma estrela radiante, ainda é a dona do seu coração.
você provavelmente NUNCA leia o que te escrevo, porque na verdade sequer TE escrevo. MAS confesso que ao ler o TEU TE AMO pra ela, revivi, o primeiro toque naquela sala de cinema , com aquele musical, daquele famoso diretor.Me lembro do meu vestido verão, da lata em sua mão.

Há. eu minto, tú mentes, nós mentimos, nós rolamos, nós rimos.

eu também já fui em sons PUNKS, já ganhei uma tatoo num fest ai, já tatuaram a MINHA tatoo na bunda.
Já cantei REPLICANTES bem alto, GAROTOS PODRES E sonhei em encontrar o garoto podre, do suburbio operário.


- VOCÊ QUER REMANEJAR. é o que eu escuto da cozinha.

eu quero ser um sapo, uma rã talvez.
eu quero o VERDE, o musgo. eu já não acredito nos homens, nas almas, no amor.
as coisas foram mais claras, mais música, muito mais música com você.


'já vi tudo acontecer, milagres tornados reais, mas nunca eu vi nada assim , como quando os teus olhos olham pra mim'

eu também já escutei SANDY & JUNIOR , tinha até DVD.
sacou?