5 de dezembro de 2009

Esperar Cansa

Não sei explicar o que se passa.
Só queria a liberdade pra chorar sem medo, e sem vergonha.
Aparentemente tudo vai bem.
Mas assim como Alberto Caeiro, não me importo com porquês.
Só sei que sinto, não importa o que e por que.
Só sei que cada vez menos sei.
Só sei que a voz desse tal LUIZ VENÂNCIO, do PULLOVERS, tem algo que mexe como meu inconsciente.
Mas eu acho que é assim mesmo né?
Música boa é aquela que mexe com você.Assim como nos livros.
Minha professora do Cursinho , costumava dizer que livro bom , é aquele que te faz ter vontade de gritar, que traz alegria, e aquele que traz intrínseco nas palavras pontos e vírgulas a amargura que há no coração daquele que lê.
Na verdade ela (Cris) só dizia mesmo: "Livro bom é aquele que aquele te faz reagir."
O resto é de autoria minha mesmo.

EU SOU UMA VENDIDA.
Eu sou.
Choro ao lembrar que eu quero ser vendida.
Choro por ainda estar na prateleira.
Por escolha própria.Ou não.

Quantas vezes eu vou me sentir feliz, voltando do trabalho vendo as luzes de natal nos altos prédios beira - trilho.
Quantas vezes vou sonhar ter um daqueles apartamentos só pra mim.
Só pros meus livros, discos, gritos, choro e risos?
Por quanto tempo vou me sentir inferior assim?
Quanto tempo mais levará pra que eu me renda à realidade.

Acabo de dar uma pausa no post, pra Limpa nos Albúns do orkut.


[Agora]23:44h
Não consigo parar de escutar Pullovers.
Incessantemente.
Tipo da última música, passo logo para primeira em um circuito ininterrupto.

All Star Hi Verde.>>>Camiseta Clokwork Orange, Verde.>>>Calça Jeans apertada.
(Como estou vestida agora)

Não tirei o tênnis nem pra ler Só Para Mulheres, da Clarice Lispector, enquanto ouvia Pullovers no fone e comia Sucrilhos, com os pés na cama.

Fiz o Enem.
Um tédio.
Tive que esperar 4 horas para não ter que morrer de ansiedade e poder levar o caderno de respostas pra casa.

Passo HORAS me olhando no espelhos, imaginando situações irreais.Surreais.
O que vejo me agrada.Mas quando fico cônscia do que realmente vejo, vem uma dor tal qual não posso explicar.
Dor por aquilo que jamais poderei viver.
Dor por tudo aquilo que passou e eu não vivi.
Dor pelo que vivi , dor por não saber o que fazer com essa résquia do passado que insiste em aparecer.
Leio revistas semanais a procura de
não sei

Como Dama da Noite, do Caio F.
Eu espero o amor, no meio da iniquidade sórdida nesse mundo contrito e puro.
OU seria eu espero a pureza de um amor contrito,santo, no meio do lixo iniquo e sórdido.

Esperar cansa.



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